México

O nosso querido México, foi a nossa viagem de lua-de-mel. Engraçado que eu, sendo uma amante de viagens, nunca tive um destino de sonho como muitos têm. Queríamos um lugar que fosse bom para relaxar, depois do casamento, mas que também tivesse alguma parte cultural para aprendermos um pouco mais sobre outras culturas.
Propuseram-nos então ir para o México e como casamos em agosto aceitamos a proposta. Portanto eu ia com poucas expectativas, posso já adiantar que para quem gosta deste tipo de viagens, praia versus cultura, é uma excelente opção.


Dia 1

Saída do Aeroporto de Lisboa às 12h20, chegada ao Aeroporto de Cancun às 16h25.

Transporte até ao hotel: autocarro já reservado pela agência de viagens

Alojamento: Riu Yucatan, Playa del Carmen

Esta foi a minha primeira experiência em resort com regime tudo incluído, adorei, logo eu uma esfomeada! O hotel oferece uma boa variedade de alimentação e bebidas, incluindo cocktails; 3 piscinas grandes e uma outra mais pequena com bar; quartos espaçosos com bar e localização mesmo em frente à praia.

A única ocorrência mais negativa foi uma barata que entrou pelo nosso quarto, bem: uma mulher aos berros e um homem a tentar afastá-la com um chinelo… tenho mais pena da barata do que de nós!

Um ponto negativo relativamente ao hotel que felizmente não nos aconteceu, é que há várias pessoas a queixarem-se de assaltos do pessoal da limpeza. Dica: Deixem algumas coisas no cofre mas outras na vossa mala com cadeado, sempre é mais seguro.

Chegamos ao nosso hotel de noite, foi tempo de fazer check-in, jantar e descansar pois no dia seguinte tínhamos uma excursão marcada que tínhamos reservado online, quando ainda estávamos em Portugal.

 

Dia 2

Excursão Tulum, Playa Paraíso, Aldeia Maia, Coba e Cenote

Preço: 75€ (incluí entrada nos locais, autocarro e almoço. Não incluí reserva de bicicleta 2,5€, bebida almoço 3€ e aluguer de colete salva-vidas para cenote)

Horário: 6h50 na recepção do nosso hotel – transporte autocarro

Duração: todo o dia

Línguas: Português

Escolhemos reservar esta excursão pois foi-nos indicada como muito boa, para além de que a empresa é portuguesa e o guia é português. O grupo era composto exclusivamente por portugueses de todas as idades, mas criamos amizade principalmente com 2 casais que trocamos contactos e mesmo passado um ano marcamos um jantar, em Portugal.

  •     Cobá

Cobá é uma antiga cidade pré-colombiana em ruínas da civilização maia. A maior parte da cidade foi construída entre os anos 500 e 900d.C. É uma zona bastante interessante, alugamos bicicletas à entrada da floresta/parque e fomos fazendo algumas paragens até chegarmos a uma das pirâmides características da cultura Maia. Boa sorte na subida, mas sobretudo na descida muito íngreme, a maioria desce sentado!




  •       Cenote 

Um cenote é uma cavidade natural, de formação calcária, e utilizado pela civilização Maia para rituais de sacrifício. Para além de ser uma formação geológica muito bonita, podemos refrescar-nos do calor avassalador do México e dar um mergulho no cenote.

  •   Almoço

Almoçamos num restaurante buffet onde provámos várias especialidades mexicanas e tínhamos vista para um lago com crocodilos!


  •   Aldeia Maia

A civilização maia foi uma cultura mesoamericana pré-colombiana, notável pela escrita, arte, arquitetura, matemática e sistemas astronómicos. Esta era uma das civilizações mais densamente povoadas e culturalmente dinâmicas do mundo. O seu povo nunca desapareceu, nem na época do declínio no período clássico, nem com a chegada dos conquistadores espanhóis. Hoje, os maias e os seus descendentes formam populações consideráveis em toda a área antiga maia e mantêm um conjunto distinto de tradições e crenças que nós tivemos o privilégio de conhecer.

 




  • Paragem

Depois de sairmos da Aldeia Maia, fizemos uma curta paragem para beber água de coco e comprar recordações.

 



  •   Tulum e Playa Paraíso

Tulum é uma cidade do México conhecida pelas praias e ruínas bem-preservadas de uma antiga cidade portuária maia. Considerada uma das paisagens mais bonitas de Riviera Maya, encontramos ruínas de um castelo e a praia do paraíso, conseguimos perceber bem o motivo do nome.

Voltamos para o hotel, arranjamo-nos para o jantar e apetecia-nos beber sangria. Perguntamos à senhora que nos atendeu se tinham, ela muito simpática e sorridente disse que sim e lá nos trouxe a dita sangria. Achamos estranho pois o sabor era muito diferente do nosso e parecia que ficávamos rapidamente alegres com aquela bebida… pensamos que podia ser do calor do México e continuamos a beber todos os dias. Só no quinto dia, ao provarmos os cocktais é que descobrimos que aquela bebida não era nada mais nada menos que tequila!! Pois claro que eu ficava tonta…


Dia 3

Depois de um dia preenchido como o de ontem, sentimos necessidade de descansar e aproveitar o resort: piscina, praia, ler, apanhar sol e quando estávamos “cansados” de tanta preguiça íamos dar um passeio pela praia del Carmen.

Não sei se sou a única mas no México não consigo aguentar estar ao sol mais do que 20 minutos! Começo a sentir a pele a queimar e preciso mesmo de um mergulho no mar. Água cristalina, quente e, até este dia, sem algas!


Dia 4

Excursão Chichén Itzá, Cenote, Ek Balam e Valladolid

Preço: 80€ (incluí entrada nos locais, autocarro e almoço. Não incluí bebida almoço 3€ e aluguer de colete salva-vidas para cenote)

Horário: 6h50 na recepção do nosso hotel – transporte autocarro

Duração: todo o dia

Línguas: Português

Este foi o nosso segundo dia de excursão com a mesma empresa turística: Exploratours. Recomendo, o nosso guia Miguel que é muito bem disposto, conta-nos a história mexicana de um jeito muito peculiar e simples. Contudo, não aconselho para quem gosta de saber muitos pormenores sobre a história/locais turísticos. Para nós foi o suficiente, não foi maçador e ficamos com a informação geral da cultura maia.

  •        Chichén Itzá

Chichén Itzá é uma importante cidade arqueológica maia do período pré-hispânico, fundada por volta do ano 450 a.C, cujo nome significa “o povo que vive junto à água”.

Esta é composta pela pirâmide de Kukulcán, o Templo dos Guerreiros, a Praça das Mil Colunas e o Campo de Jogos dos Prisioneiros. A maior atração é a pirâmide, por todas as suas particularidades, uma delas é a sua fachada noroeste com duas estátuas de cabeça de cobra, feitas em pedra, representando o deus Kukulcán. Nos dias de equinócio, a posição do sol projeta, sobre as pedras dos degraus desse lado do templo, a sombra do corpo da cobra, que se une perfeitamente a uma das cabeças, dando a ideia de que a mesma se mexe! Esta é uma das provas do incrível conhecimento de astronomia desenvolvido pelo povo maia. Por este motivo, aconselho a ida ao México numa altura de equinócio para que consigam ver este extraordinário acontecimento!


Chichén Itzá é Património Mundial da Unesco desde 1988 e eleita, no ano de 2007, como uma das Sete Novas Maravilhas do Mundo. Acho que são vários os motivos para conhecerem esta cidade, fica a dica!

Também nesta zona tem várias tendas para venda de recordações, aconselho a negociarem o valor!

 

  •       Almoço e ida ao Cenote

Almoçamos num restaurante buffet com um parque e cenote ao lado. Infelizmente durante o tempo que lá tivemos esteve a chover muito e não mergulhamos neste cenote mas era idêntico ao que tínhamos visitado na outra excursão.


  •       Ek Balam

Ek Balam é outra zona arqueológica cujo nome quer dizer Estrela Jaguar ou Jaguar Preto. Tem grande importância pois o seu primeiro Rei, Ukit Kan Le´t Tok, foi o promotor de grandes avanços técnicos, arquitetónicos e culturais.


  •        Valladolid

Depois destas visitas fizemos uma breve paragem em Valladolid. Esta é uma cidade de arquitetura colonial muito bonita, conseguimos passear um bocadinho pela zona central da cidade, nomeadamente pelo Parque Francisco Cantón, e a igreja principal da cidade, Iglesia de San Gervasio. Recordo de provarmos alguns frutos que vendiam na praça e de visitarmos uma loja de chocolate artesanal.

O que gostei desta paragem foi que, por não ter só turistas, conseguimos perceber um bocadinho da dinâmica e da vida dos mexicanos.


Dia 5

Depois dos dias de excursão sentimo-nos cansados, talvez pelo calor que apanhamos e por acordarmos muito cedo mas também pelo tempo que andamos de autocarro. Portanto este dia foi muito similar ao dia 3, aproveitar o resort, descansar e comer muito. Há sempre muita variedade de comida: marisco, comida italiana, mexicana, americana… e o melhor é que há comida e bebida a toda a hora, vim do México com mais 2kg mas isso é outra história!



Uma coisa que aproveitamos para provar foram os cocktails do hotel, recordo principalmente de um específico que pedimos depois do almoço e o barman olhou para nós e disse: “Vas a tomar una siesta?”e só depois de bebermos é que percebemos que aquela bebida tinha tanto álcool que tivemos mesmo de dormir uma sesta!


Dia 6

A partir deste dia apanhamos muitas algas, era quase impossível entrar no mar. Por isso resolvemos participar numa das atividades extra do hotel: Snorkeling. Fomos de barco até uma zona de corais a ouvir Maluma e foi extraordinário, fico sempre maravilhada com a natureza…vimos tartarugas, raias, peixes de diversas cores mas infelizmente os corais estavam a morrer, talvez por nossa culpa, demasiados turistas.

Conto-vos uma das peripécias que passei… estávamos no mar a ver os corais quando entrou-me água para os óculos, tirei os óculos para limpar e voltei a colocá-los na cara. Quando olho para baixo, vejo duas raias pretas enormes, não estava nada a contar com elas por isso dei um berro tão grande debaixo de água que até as bichinhas fugiram e toda a gente ficou a olhar para mim! Só eu mesmo!

 

Dia 7

Neste dia ficámos também no resort e devido à quantidade de algas que tinha no mar, resolvemos tentar passá-las de kayak (atividade gratuita do hotel) para conseguirmos chegar ao mar azul, e conseguimos! O problema foi que quando demos por ela estávamos um bocadinho longe do nosso hotel e tivemos de remar literalmente contra a maré, enjoados e cansados lá nos mantivemos firmes até chegar a terra.


Dia 8

Saída do Aeroporto de Cancún às 17h55, chegada ao Aeroporto de Lisboa às 09h55.

Transporte até ao aeroporto: autocarro já reservado pela agência de viagens

Como era a minha estreia em resort não conhecia todos os serviços e achei super inteligente este em especial: Basicamente, como o nosso voo era só às 17h55, e só íamos apanhar o autocarro às 15h, dava tempo para aproveitar a praia, piscina e os restaurantes até essa hora. Contudo, o check out é até às 12h o que eu achei que seria um problema, mas não. Parece que os resorts têm quase sempre instalações sanitárias com chuveiro e secador para podermos tomar um banho e arranjarmo-nos antes do voo mesmo depois do check-out.

Foi exatamente neste momento que começamos a conversar com um casal super simpático português que iam no mesmo voo que nós e que ainda hoje acompanho pelo Facebook.

Chegamos ao aeroporto e para fazermos o check-in e sairmos do México temos de pagar um valor que não me recordo. De seguida, fomos comer alguma coisa antes do voo, a ideia era um lanche ajantarado e assim fizemos: de tudo o que lá tinha, o que nos pareceu mais “normal” eram uns hambúrgueres e jantamos os 4. Ainda não tinha entrado no voo e já sentia algumas cólicas… bem, tenho a dizer que foi um voo muito difícil mas quando aterramos em Lisboa voamos até à casa de banho do aeroporto! Pensei que ficaria por ali mas não! Continuamos a ir de meia em meia hora à casa de banho até que tivemos mesmo que tomar alguma coisa pois ainda tínhamos o comboio para apanhar para o norte! Quanto ao casal, nunca tive a coragem de perguntar se ficaram como nós mas espero bem que não!

 

O que não fizemos e aconselho: Parque Xcaret. É um parque em Playa del Carmen com mais de 50 atrações naturais e culturais, é um lugar onde podemos sentir-nos novamente em sintonia com a natureza e com o México.

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